01 MAIO 2021
• Arquitetura
Quem caminha por cartões postais de São Paulo, como a Igreja Matriz da Sé, as igrejas do Mosteiro de São Bento, da 3a ordem do Carmo e da Ordem do 3o Seráfico São Francisco pode conhecer um pouco mais do trabalho de Tebas, o escravo arquiteto. Joaquim Pinto de Oliveira (nome completo de Tebas) nasceu em Santos em 1721, mas só teve sua profissão reconhecida 200 anos depois, pelo Sindicato dos Arquitetos de São Paulo.
Segundo matéria da revista Galileu, seu trabalho mais famoso, o Chafariz da Misericórdia, primeiro chafariz público de São Paulo, foi demolido em 1866 após o processo de canalização da água da cidade. A fonte foi erguida onde hoje está a Rua Direita (próxima do metrô da Sé, no centro de São Paulo). O local era ponto de encontro de escravos, em busca de água.
Tebas faleceu em 1811, aos 90 anos, em decorrência de um acidente de trabalho, que causou uma gangrena em sua perna. Ainda segundo a matéria do site Galileu, o samba-enredo da Escola de Samba Paulistano da Glória, escrito pelo compositor e ativista negro Geraldo Filme, em 1974, é uma homenagem ao arquiteto… O refrão diz: “Tebas, negro escravo. Profissão: Alvenaria. Construiu a velha Sé em troca pela carta de alforria”.
A antiga matriz da Sé, que contou com o talento de Tebas em sua arquitetura.
Convento do Carmo, outra construção que contou com o trabalho de Tebas.
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