29 JUN 2021
• Arquitetura
Conhecida como a “arte das catedrais”, a arquitetura gótica foi criada durante a Baixa Idade Média (século V ao XV), época marcada pelo teocentrismo, em que Deus era considerado o centro do mundo. Por causa disso, quando se fala no estilo, vem à mente igrejas, catedrais e mosteiros europeus. Mas como identificar este estilo arquitetônico? Além do cunho religioso, há outras características que devem ser observadas.
1. Planta arquitetônica em formato de cruz latina
Com a nave principal apresentando um maior comprimento em relação ao transepto, este formato é o símbolo máximo do cristianismo.
2. Torres pontiagudas e esguias
Esta característica de verticalidade remete a uma aproximação com o céu e, consequentemente, com Deus. Algo muito pregado pelo teocentrismo durante a Idade Média.
Duomo, em Milão. A catedral possui as torres pontiagudas típicas da arquitetura gótica.
3. Grande iluminação interior
Por possuir muitas portas e janelas, as construções do estilo gótico são muito bem iluminadas em seu interior, valorizando ao máximo a iluminação natural.
Interior da catedral de Colônia, na Alemanha, símbolo máximo da arquitetura gótica.
4. Uso de vitrais
O uso de vidros coloridos dando origem a figuras de temas religiosos são outra grande característica da arquitetura gótica. Esta arte também servia como instrumento de valorização da iluminação natural, mencionada anteriormente.
Vitrais da Abadia Real de Saint-Denis, em Paris, na França.
5. Uso de paredes mais finas e leves
Ao contrário da arquitetura romana, que servia como fortaleza e proteção contra ataques, a arquitetura gótica preza o relacionamento com Deus e mostra nossa pequenez diante do ser supremo. Por causa disso o uso de paredes mais finas e leves em suas construções, que também auxiliava no uso de vitrais e muitas portas e janelas, favorecendo mais uma vez a iluminação natural.
Catedral de Sevilha, na Espanha: paredes mais finas para receber muitas portas e janelas.
6. Grande ornamentação
Uso de vitrais, gárgulas e rosácea eram utilizados na ornamentação das construções, como na catedral de Notre Dame, em Paris.
A rosácea da Catedral de Notre Dame: em formato de rosa, o círculo acima da porta de entrada era preenchido com vitrais coloridos e também servia como ferramenta que incentivava a entrada de luz no seu interior.
7. Abóbodas em cruzaria
As estruturas côncavas utilizadas no teto eram frequentemente adornadas e serviam como ferramenta de auxílio na verticalidade das construções.
As abóbadas em cruzaria adornadas na Catedral de Westminster.
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