25 JAN 2022
• Arquitetura
Expressão da nossa riqueza cultural e da nossa criatividade, as construções brasileiras contam a nossa história e nos ajudam a entender a pluralidade brasileira. Para preservar estas edificações foi criado em 1934 o IPHAN, Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Desde então, a instituição preserva uma série de construções relevantes para o cenário nacional. Algumas dforam palco importante da história, como a casa Chica da Silva, em Diamantina. Outras, representam com veemência a arquitetura e o cenário artístico brasileiro. A seguir, selecionamos sete construções brasileiras tombadas pelo Iphan, de diversas regiões, para você conhecer.
1. Palácio Gustavo Capanema – Rio de Janeiro
O projeto chefiado por Lúcio Costa foi criado a partir de estudos de Le Corbusier, feito durante sua estadia no Rio, em 1937. Participaram grandes nomes da arquitetura brasileira, como Burle Marx, responsável pelos jardins, Oscar Niemeyer, Cândido Portinari, autor dos painéis, e Bruno Giorgi, responsável pelas esculturas. Diferencia-se por ser “solto” no meio do terreno e pelo pilotis duplo, que forma uma interessante praça interna. Atualmente, foi posto à venda pelo Governo Federal, criando revolta entre as entidades culturais e arquitetônicas.
2. Solar Berquó – Salvador
A edificação é bastante representativa das residências nobres dos séculos XVII e XVIII, construída em alvenaria de pedra e cal. Sua planta é quase quadrada, com pátio interno, subsolo e senzala, o painel de azulejos do corredor do primeiro pavimento é um de seus diferenciais. A casa foi residência do Ministro Francisco Antônio Berquó (daí o seu nome) e também serviu como quartel durante as guerras da Independência. Além disso, recebeu o colégio São Salvador por quase 100 anos. Hoje, é a sede baiana do Iphan.
3. Sede do Iphan no Amazonas – Manaus
O conjunto de edificações coloniais do porto de Manaus, erguido durante a época áurea da exploração da borracha, entre 1890 e 1910, é tombado pelo Iphan, sendo, inclusive, local de sua sede. Ele é fruto do plano de monumentalização traçado pelo engenheiro Eduardo Ribeiro, na época governador do Estado do Amazonas, que inclui também o Palácio da Justiça e o Teatro Amazonas.
4. Cavalo de Tróia – São Luis
Sua grande altura em relação ao demais edifícios da redondeza deu origem ao nome Cavalo de Tróia. Erguido em 1872, o antigo Solar da Baronesa tem planta em L com um belo hall de entrada e escadaria de madeira que leva ao pátio interno. Os balcões metálicos do segundo pavimento são o diferencial da sua arquitetura.
5. Palácio da Soledade – Recife
O palácio foi a casa de bispos de Olinda e Recife até se transformar no Colégio Nóbrega, em 1910. Obra do arquiteto francês Georges Mounier, tem forma de cruz e ganhou também uma igreja no ano de 1933, também projetada por Mounier.
6. Casa da Chica da Silva – Diamantina
Localizada no Centro Histórico de Diamantina, em Minas Gerais, a casa de estilo colonial foi construída pelo contratador João Fernando de Oliveira, marido de Chica da Silva, em 1763. Possui estrutura de madeira e paredes em adobe e pau a pique, piso de largas tábuas de madeira e forro em saia e camisa – tábuas de madeira encaixadas que formam pequenas saliências. O destaque na construção, no entanto, é o balcão lateral treliçado, um exemplo forte da influência da arquitetura mourisca.
7. Sede do Iphan no Paraná – Curitiba
Com marcante influência da imigração europeia, a construção em madeira tem características próprias desta arquitetura, como a utilização do sótão, lambrequins nos beirais e varanda circundante. No interior, destacam-se as barras decorativas com motivos florais e geométricos. Hoje sede do Iphan de Curitiba, a casa foi transportada do Portão, bairro onde foi construída, para novo terreno cedido pela prefeitura.
Já visitou alguma das construções brasileiras tombadas pelo Iphan? Conta pra gente nos comentários o que você achou!