Projetos de arquitetura recentes podem ter íntima ligação com recursos super valorizados no passado. No século 18, luxuosas catedrais tinham seus espaços exagerados e alturas estrondosas, e isso era sinônimo de soberania. Hoje, o pé-direito alto — distância de cerca de seis metros entre o piso e o forro de um ambiente — pode conferir sensação de liberdade e amplitude aos mais diversos espaços. Basta ter um cuidado especial na hora da decoração.
Acompanhe a Lider Interiores pelo Facebook e Twitter.
A palavra-chave para lugares com pé-direito alto é equilíbrio. “Se não conseguirmos equilibrar o ambiente ele pode ficar com um aspecto frio, distante e difícil de ser utilizado, com permanência não convidativa”, alerta a arquiteta Renata Basques. Iluminação e acessórios, como cortinas de tecido, papeis de parede e painéis de madeira, são agentes que, balanceados, valorizam o pé-direito alto. Assim, um espaço que poderia ser encarado como incômodo, ganha um destaque moderado e um charme especial.
O jogo de luzes tem papel fundamental na hora de trazer um clima mais intimista para esse tipo de ambiente. A aplicação de luminárias do tipo pêndulo e de modelos grandes torna o espaço com pé-direito alto mais elegante. “A utilização de pendentes e trilhos que aproximem a luz ao piso transmite sensação de aconchego”, completa a arquiteta.
Contemporaneidade
Para aqueles que acham que o pé-direito alto é algo ultrapassado, Renata contesta e diz que este recurso se adéqua muito bem aos ambientes contemporâneos. De acordo com a profissional, para o uso do pé-direito alto não há temporalidade e o grande paredão pode ser aproveitado como principal elemento do espaço: “Obras de arte de grande porte podem ser instaladas nas paredes e serão ainda mais valorizadas”.
Gostou? Compartilhe!