21 ABR 2022
• Arquitetura
Tornar as construções mais eficientes e sustentáveis é o objetivo da arquitetura biomimética. Mas como ela se difere de outras correntes arquitetônicas, como a paramétrica? Por meio do estudo das normas que regem a natureza. O desafio é estudar como determinados biomas funcionam e depois aplicá-los na arquitetura. E como isto funciona na prática? Selecionamos cinco projetos para você entender melhor a arquitetura biomimética. Vem ver!
1. Estádio Nacional de Pequim
A estrutura que se entrelaça lembrando um ninho de pássaro foi criada pelo escritório Herzog & Meuron para os jogos olímpicos de 2008. O uso de uma estrutura que lembra os gravetos dos ninhos de pássaros se dá por diversos motivos:
- Nos galhos das árvores onde o ninho é feito é necessária certa estabilidade, para que ele não caia. No caso do estádio, esta estabilidade é necessária por causa dos terremotos que são muito comuns na região.
- O emaranhado de ferro vazado garante mais luminosidade e ventilação naturais ao projeto.
- A estrutura em metal também é imune a terremotos.
2. Eastgate Center — Zimbáube
Apesar do clima quente no Zimbábue, o edifício Eastgate Center projetado por Mick Pierce pode se dar ao luxo de não precisar usar ar-condicionado. Tamanha proeza é possível graças ao seu projeto arquitetônico, inspirado em um cupinzeiro. Os cupins analisados mantém a temperatura interna do cupinzeiro cavando e fechando insistentemente as entradas de ar. No caso do Eastgate Center, os ventiladores de ar substituem os cupins, junto a materiais de construção capazes de regular a temperatura interna.
3. Museu do Amanhã – Rio de Janeiro
O projeto do espanhol Santiago Calatrava se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico a fim de se integrar melhor à paisagem e não tirar a vista para o Mosteiro de São Bento, construção tradicional da capital carioca. O que mais chama atenção é a estrutura metálica que avança sobre o mar. Como asas, elas se movimentam ao longo do dia, de maneira a otimizar o aproveitamento da luz solar, aproveitamento este feito graças às placas fotovoltaicas instaladas em suas “asas”.
4. Edifício corporativo Johnson Wax de Frank Lloyd Wright — Racine, Estados Unidos
Para garantir a luminosidade e o pé-direito duplo do interior deste edifício corporativo, Frank Lloyd Wright se inspirou no formato de vitórias-régias. As colunas que sustentam cada piso se expandem como a flor e são conhecidas por serem as primeiras estruturas de concreto do mundo.
5. Cubo de Água Centro Aquático Nacional de Pequim
Para conferir a sensação de estar debaixo d’água, o escritório PTW Arquitectos revestiu a estrutura com cerca de 3 mil bolhas de plástico em tamanho gigante. Suas bolhas se inspiraram em uma colméia de abelhas, que junto a uma iluminação especial, faz do edifício um espetáculo por si só.
O que você pensa sobre a arquitetura biomimética? Conta pra gente nos comentários!