16 OUT 2021
• Arquitetura
Ocas, palafitas, barracos, casas de pau a pique. O que todas estas construções têm em comum? Elas podem ser definidas como arquitetura vernacular, tipo de construção caracterizada por materiais e conhecimentos culturais locais, erguidas sem o auxílio de um profissional. Típica da era pré-industrial, ela tem ganhado fama principalmente quando se fala em sustentabilidade, já que seu modo construtivo costuma se adaptar totalmente ao entorno. No Brasil, um bom exemplo desta sustentabilidade são as ocas indígenas. Outras construções, como as palafitas e os barracos, embora não sejam totalmente sustentáveis, se encaixam muito bem na definição de Frank Lloyd Wright: “o edifício popular crescendo em resposta às necessidades reais, encaixado no ambiente por pessoas que não sabiam melhor do que encaixá-lo com sentimento nativo”. E como identificar construções com arquitetura vernacular? A seguir, selecionamos alguns exemplos brasileiros.
Oca indígena
Palhas e madeiras são a matéria-prima desta residência indígena, que não possui divisórias e é usada tanto para atividades da aldeia quanto para atividades pessoais.
Oca Xinguana | Foto: Ciclo Vivo
Palafitas
Muito comum no Norte e Nordeste do Brasil, as palafitas são residências construídas em locais alagadiços. Construídas sobre estacas que protegem as construções da cheia dos rios, são feitas principalmente de madeira.
Foto: Brasil 247
Barraco
As construções típicas das favelas brasileiras são feitas em alvenaria sem reboco e representam uma parcela significativa das residências do país.
Foto: Revista Veja
Casa de Pau a pique
A construção consiste em tocos de madeira verticais colocados ao chão que são rodeados com vigas mais finas, geralmente de bambu e amarradas com cipó. Os vão são preenchidos com barro, que formam as suas paredes. Muito típica do Brasil Colônia, as casas de pau a pique podem ser encontradas em todo o Brasil.
Casa no Maranhão | Foto: Wikipedia.
Casa de Enxaimel
Este tipo de construção é muito encontrada no sul do Brasil e deriva da colonização alemã. Nelas, peças de madeira são encaixadas sem prego e seus vazios são fechados com tijolos, pedras ou mesmo terra.
Foto: Globo Repórter