08 NOV 2018
• Mestres do Brasil
As formas arredondadas e abauladas das obras da arquiteta Aida Boal, bem como o uso da madeira e do aço carbono, alimentaram o desenvolvimento da mini cômoda e do cabideiro. Como a mestra costumava batizar suas criações com nomes de familiares, amigos e funcionários, a designer Glauciene Duarte presta homenagem à designer que tanto a inspirou. Pequeno e aerado (composto por dois porta-trecos articuláveis e espelho, que pode ser independente), o móvel ladeia a cama, simplesmente como apoio e adorno; serve a espaços reduzidos, fazendo as vezes de penteadeira, ou ainda como estrutura fixa na parede. O cabideiro possui espelho, cabides e “umbrella holder”, ambientando quartos e halls de entrada. As peças guardam a leveza e a feminilidade dos projetos de Aida Boal.
Aida Boal
Desconhecida do grande público, a arquiteta Aida Boal viu na arquitetura uma área para se expressar por meio dos exímios desenhos, depois de excursionar pela área da escultura e da pintura. Formada pela Faculdade de Belas Artes do Rio de Janeiro, Aida viu no design de móveis uma forma de diálogo com a arquitetura. As peças criadas entre as décadas de 1960 e 1970 eram todas de madeira nobre, como jacarandá, pinho-de-riga e mogno, sempre explorando formas concêntricas e seus consequentes vazios. Uma curiosidade: é de Aida Boal o desenho das portas do estádio Maracanã, no Rio de Janeiro.