A estética do mobiliário do movimento Branco & Preto foi traduzida para um desenho contemporâneo pelas mãos das designers da Plataforma4. Amélia Tarozzo, Camila Fix, Flávia Pagotti Silva e Rejane Carvalho Leite pesquisaram profundamente as técnicas construtivas, materiais utilizados e linguagem do B&P para criar o buffet Aero.
A peça tem estrutura delgada em madeira maciça torneada, sistema construtivo aparente com volume principal suspenso e fechamento em palhinha, o que garante sua leveza. Um móvel atemporal, brasileiro e de presença marcante, planejado para quem busca qualidade e design diferenciado.
O estúdio Branco & Preto foi formado por Miguel Forte, Jacob Ruchti, Roberto Aflalo, Plinio Croce, Carlos Milan e Chen Y Hwa, que possuíam uma loja de arquitetura e design inaugurada em 1952, em São Paulo. O grupo criou a loja depois de notar uma lacuna no mercado de móveis modernos na capital paulista. Segundo a professora de história de Design, Ethel Leon em seu texto “Quando os móveis brasileiros entraram na modernidade”, seus móveis procuraram acompanhar as linhas dos muitos projetos residenciais desenvolvidos na cidade de São Paulo. Daí os móveis de grandes formatos, mas não volumosos, valorizando a elegância das proporções áureas, dos espaços vazios bem planejados.
A madeira está sempre presente, de forma leve e “sempre entrelaçada por camadas de ar”, como define Ethel. É importante lembrar que as produções do estúdio Branco & Preto eram totalmente artesanais e feitos em pouca quantidade, um produto da alta marcenaria.
A 32ª edição do prêmio selecionou o buffet Aero para a segunda fase de sua premiação na categoria mobiliário. Realizado desde 1986 pelo Museu da Casa Brasileira, instituição da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, a premiação é a mais tradicional do segmento no país, revelando talentos e consagrando profissionais e empresas.
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